sábado, 31 de outubro de 2009

TAREFA 1 - SOCIOLOGIA

A desigualdade tem sido o foco de muitas discussões nos últimos tempos. O desprezo pela condição do próximo tem chocado muitos que não se acostumaram a ver tanta barbárie no mundo. Por que será que estamos tão ligados à "modinha" de seguir uns aos outros, não só nas roupas que usamos, nos carros que dirigimos, na comida que comemos, no corpo que construímos, mas também no modo de visualizarmos o mundo à nossa volta? A resposta é simples: estamos mais atrelados emocionalmente e psicologicamente a quem vemos com maior frequencia, seja na televisão, seja no dia-a-dia, como se conhecêssemos essas pessoas. E por que nós não nos chocamos mais de ver através de jornais que pessoas "comuns" morrem a cada dia? Porque, além de isso já ter se tornado comum, e de termos perdido parte do nosso senso de indignação para este tipo de coisa, nós não conhecemos essas pessoas. Elas são anônimas. Não criamos qualquer laço com sua história, com a sua vida. Desta forma, pouco pode ser feito para nos comovermos. Simplesmente comentamos "que horrível, não é?" e nem damos mais bola depois.
É óbvio que tudo isso é besteira. Todos deveriam se preocupar quando, enquanto têm uma vida digna, outros morrem às vezes pela violência e até mesmo por não terem o que comer. Mas, num país como o nosso, a maioria prefere cuidar de seus próprios problemas, achando que são muito mais importantes. Devemos parar de simplesmente reclamar, e começar a transformar nossos protestos em atos. Não que seja necessário o uso da força física; muito pelo contrário. Temos é que acabar com nossos preconceitos para com os menos afortunados que podem parecer ameaçadores, mas que podem não ter tido tantas oportunidades quanto nós. Porque ficar prestando atenção numa televisão, que nos limita tanto os pensamentos, enquanto podemos fazer muito para mudar o que há lá fora? Todos temos que ver que a vida só uma vez. E não perderíamos nada com isso, muito pelo contrário: nos sentiríamos com maior paz de espírito e teríamos como alterar essa realidade terrível. Claro que isso não ocorreria do dia para a noite. Mas se todos pudessem ajudar a reverter esse quadro, poderíamos mudar muito.
O mundo desde a formação das sociedades sempre teve essa face, onde uma classe "domina" a outra. Muitos tentaram mudar isso, porém poucos tiveram algum sucesso. O resultado é o que temos hoje: poucos com muito e muitos com pouco. Diz-se que o capitalismo não é o que parece, que as chances de mobilidade social são muito baixas. Realmente são, mas creio que são muito maiores do que as de qualquer outra época. Temos é que parar de viver simplesmente em nossos mundinhos e começar a questionar o mundo à nossa volta. Vamos parar de nos preocupar com coisas idiotas, achando que nossas vidas são uma porcaria e começar a enxergar a realidade. Já não é mais hora de achar que brasileiro é esperto, vendo o que acontece na vida de quem tem que ralar para sobreviver. Chega de aturar esta situação.

3 comentários:

  1. olha ... não sei do que que é aquela imagem .. eu achei por ai .. na intenet ! o.o'

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  2. Muito bom o texto critico, podemos ver a diferença que ha entre nos. É algo preucupante de nives alarmantes que nao resolvemos por preguiça de ajudar.
    Muito Bom!

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  3. Rafael,
    Parabéns pelas reflexões, o teu texto mostra coerência e criticidade frente ao problema social estudado. Concordo contigo quando dizes que a sociedade assiste paralisada o que a mídia de forma autoritária impõe. O individualismo dos indivíduos tornou-se uma marca desse mundo pós-moderno, contando apenas a concorrência, a disputa, ou seja, os egoísmos a que somos submetidos. Como criar uma ação coletiva que transforme essa realidade? O que fazer para dar visibilidade aos indivíduos esquecidos no nosso país? Enfim, são muitos os questionamentos que nos vem à cabeça e esses eu deixo para que possamos continuar refletindo sobre os problemas sociais por nós enfrentados.
    Um abraço.

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